O maior que conhecemos viu uma parede de água de 21 metros de altura colidindo com a costa da Grã-Bretanha.
Alguns tsunamis podem ter atingido o Reino Unido, mas simplesmente ainda não foram descobertos ou confirmados.
Mas há boas evidências que sugerem que a nossa ilha enfrentou ondas verdadeiramente enormes.
ESCÓCIA – 6100 AC
O maior e mais icônico dos tsunamis confirmados na Grã-Bretanha atingiu a terra há cerca de 8.000 anos.
Aconteceu na Escócia por volta de 6.100 aC, atingindo a costa leste e algumas das ilhas Shetland.
Os cientistas acreditam que a onda pode ter atingido alturas de cerca de 21 metros.
Foi causado pelo deslizamento de Storegga, um enorme deslizamento de terra subaquático na borda da plataforma continental da Noruega.
Houve três desses deslizamentos, movendo milhares de quilômetros cúbicos de detritos.
Afectou cerca de 370 milhas da costa da Escócia, com a água atingindo até 18 milhas para o interior.
Os especialistas acham que isso teria danificado ou destruído várias orlas marítimas se acontecesse hoje, incluindo lugares como Aberdeen e Inverness.
Também foi descrito como causador de “inundações catastróficas” pelos cientistas.
Isto incluiria Doggerland, uma área baixa na costa leste da Inglaterra que outrora ligava a nossa ilha à Dinamarca e aos Países Baixos.
CORNUALHA – 1755
Um tsunami menor atingiu a costa da Cornualha do Reino Unido em 1º de novembro de 1755.
O tsunami de 3 metros atingiu a costa por volta das 14h, depois de viajar quatro horas desde sua origem.
Foi causado pelo terramoto de Lisboa de 1755, que destruiu quase completamente a capital portuguesa.
O próprio terremoto foi associado a 40.000 a 50.000 mortes.
Na Grã-Bretanha, os efeitos do tsunami concentraram-se principalmente na Cornualha, com aumento rápido do nível do mar relatado em St Michael’s Mount, Penzance, St Ives, Hayle e Newlyn.
Os relatórios sugerem que ocorreram até três ondas de tsunami – com alguns efeitos também observados na costa sul, no Tâmisa, em Londres, e no estuário de Cleddau, em Pembrokeshire.
CORNUALHA – 1761
Em 1761, outro terramoto atingiu Lisboa, suficientemente poderoso para ser sentido em toda a Europa Ocidental e até em Marrocos.
Lisboa ainda estava a recuperar do acontecimento de 1755, o que significa que houve apenas um intervalo de seis anos entre os dois desastres.
Provocou um pequeno tsunami no Oceano Atlântico Norte, que media cerca de dois metros de altura em Mount’s Bay, na costa sul da Cornualha.
Diz-se também que o mar subiu até seis pés em Penzance e mais de um metro nas ilhas de Scilly.
É relatado que ele avançou até cinco vezes ao longo de uma hora, começando às 17h do dia 31 de março.
COSTA SUL – 1929
No verão de 1929, uma grande onda atingiu a costa sul da Inglaterra.
Acredita-se que tenha sido um tipo especial de onda chamada meteotsunami, ou tsunami meteorológico.
Isso é causado por mudanças na pressão barométrica, que é a pressão do ar na atmosfera da Terra.
Afeta significativamente o clima e está até atrás da turbulência dos aviões.
O QUE CAUSA TSUNAMIS?
Aqui está o que você precisa saber…
Tsunami é uma palavra japonesa usada para descrever ondas enormes – geralmente nos oceanos, mas às vezes em lagos ou grandes rios.
Os tsunamis oceânicos são causados por movimentos repentinos, que deslocam uma grande quantidade de água.
Normalmente é um terremoto, mas também pode ser uma erupção vulcânica ou um deslizamento de terra subaquático.
Um enorme impacto na água – como um grande deslizamento de terra ou meteoro – também pode causar tsunamis.
Quando ocorre um terremoto, enormes placas tectônicas se esmagam.
Quando o “estalo” eventualmente acontece, isso dá um grande empurrão na água.
Isto cria um tsunami que viaja muito rapidamente através dos oceanos abertos.
À medida que o oceano se torna mais raso, a onda do tsunami é forçada para cima.
Isto significa que as ondas do tsunami normalmente crescem muito rapidamente em altura (e diminuem de velocidade) à medida que se aproximam das linhas costeiras rasas perto da terra.
Tsunamis são normalmente uma série de ondas, em vez de uma única onda
À medida que se aproximam da terra, essas ondas ficam mais próximas.
Uma das melhores maneiras de detectar a chegada de um tsunami é um recuo repentino das águas costeiras.
Se a maré baixar muito rapidamente, é um sinal revelador de que algo está errado.
O que estamos realmente vendo é o vale da onda do tsunami que se aproxima – em uma escala enorme.
O impacto inicial do tsunami pode ser mortal.
Mas as inundações do tsunami também afogam pessoas, danificam edifícios, destroem infra-estruturas e espalham resíduos e doenças.
Crédito da imagem: SADATSUGU TOMIZAWA/AFP/Getty Images
Quando a pressão barométrica muda rapidamente, pode causar deslocamento em grandes massas de água – levando a um meteotsunami.
Um meteotsunami típico é causado quando o mau tempo se move na mesma direção que as ondas se movem em direção à costa.
Acredita-se que a onda de 20 de julho de 1929 tenha atingido alturas entre 11 e 20 pés.
atingiu a costa sul em pontos turísticos populares como Brighton, Folkestone, Hastings e Worthing.
Neste caso, pensa-se que uma linha de tempestades viajando ao longo do Canal da Mancha causou o evento.
COSTA SUL – 2011
Acredita-se também que um tsunami muito pequeno no Canal da Mancha em 2011 tenha sido um meteotsunami.
Atingiu-se em 29 de junho, afetando Cornualha, Devon, Dorset e Hampshire, na costa sul da Inglaterra.
O evento foi considerado leve porque a anomalia da altura do pico da onda atingiu 16 polegadas – o que significa que foi 16 polegadas mais alta do que seria considerado normal.
Não houve terremotos registrados na época, o que levou o Serviço Geológico Britânico a concluir que provavelmente se tratava de um meteotsunami.