Aumenta o número de execuções de prisioneiros de guerra ucranianos, é uma política deliberada da Rússia – Procurador-Geral

Andrii Kostin. Foto: Gabinete do Procurador-Geral

O Gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia afirmou que o número de execuções de prisioneiros de guerra ucranianos (prisioneiros de guerra) pelos russos aumentou no ano passado. O Procurador-Geral Andrii Kostin enfatizou que estes crimes não são incidentes separados, mas sim a política deliberada da Rússia.

Fonte: Kostin em entrevista ao La Libre, meio de comunicação belga, citado pelo serviço de imprensa do Gabinete do Procurador-Geral

Detalhes: Kostin disse que o número de execuções de prisioneiros de guerra ucranianos pelos russos aumentou em 2024. A tortura e as execuções sumárias são usadas como arma de guerra, intimidação e assassinato.

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Kostin sublinhou que estes casos não são incidentes separados, mas sim uma política organizada e direccionada. Por exemplo, há uma gravação áudio de um oficial russo ordenando às suas tropas que não fizessem prisioneiros no campo de batalha, mas que matassem soldados ucranianos.

O procurador-geral acrescentou que uma das principais tarefas do poder judicial é responsabilizar a Rússia e a sua liderança pelo crime de agressão, sem o qual mais de 140 mil crimes de guerra não teriam sido cometidos.

Kostin disse que a maioria dos criminosos de guerra russos foram condenados à revelia pelos tribunais ucranianos, mas um veredicto do tribunal é fundamental para o processo de restauração da justiça e cura daqueles que sofreram.

Citar: “Investigar crimes de guerra durante o conflito é, obviamente, extremamente difícil. Documentamos, investigamos e processamos todos os crimes cometidos pelo agressor nos tribunais nacionais. Mas a nossa tarefa vai muito mais longe. Estamos a implementar uma metodologia para processar crimes mais específicos, como violência sexual, crimes contra crianças e crimes ambientais.

É importante levar à justiça os mentores desta invasão – o presidente, o primeiro-ministro, os principais responsáveis ​​militares – e mostrar-lhes que podem ser responsabilizados, apesar das lacunas no direito internacional. O TPI não tem jurisdição sobre esta matéria, mas estamos a trabalhar numa fórmula jurídica com cerca de 40 estados em todo o mundo.

Portanto, se Putin se atrever a participar da reunião do G20 no Brasil, ele deverá ser preso.

A recusa em executar um mandado de detenção fortalece a posição da Rússia. Todas as nossas esperanças agora repousam na independência do judiciário brasileiro.”

Fundo:

  • Analistas do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) apontaram para um aumento nas execuções de prisioneiros de guerra ucranianos, que são toleradas e encorajadas pelos comandantes russos.
  • Em 13 de outubro, o Deepstate informou que as tropas russas executaram nove prisioneiros de guerra ucranianos perto da aldeia de Zeleny Shlyakh, no Oblast de Kursk, em 10 de outubro.

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